Lesões de ombro no Rugby

11/11/2020

Lesões de ombro no Rugby


Comissão de Futebol Americano e Rugby | SONAFE Brasil

As lesões de ombro no Rugby chegam a dois terços de todas as lesões de MMSS, envolvendo especialmente as estruturas das articulações glenoumeral e acromioclavicular.

Vários estudos mostram a incidência de lesões no ombro desses Atletas, em diferentes níveis de jogo, mas geralmente os "backs", Atletas que desempenham maior velocidade e maior número de tackles que os "forwards", têm maior risco de sofrer uma lesão deste complexo.

Helgeson e Stoneman (2014) apresentam 9 mecanismos de lesão do complexo do ombro (5 relacionados ao tackle, 1 relacionado ao "ruck", 2 relacionados ao "scrum", e 1 relacionado ao “try”).

Lesões relacionadas ao "tackle":

1) Através de força gerada na região anterior do ombro, pelo grande braço de alavanca;

2) Onde o tacleador encontra uma força de impacto através de força gerada na região anterior do ombro;

3) Onde a força de impacto acomete tacleador e tacleado (que está com a bola);

4) Durante um "tackle" em que o tacleador mantém o adversário em pé e tenta roubar a bola;

5) Quem carrega a bola é derrubado e as forças de impacto chegam através do abraço:

Lesão relacionada ao "ruck":

6) Os jogadores formam-se o carregador da bola, assumindo uma posição agachada e com os abraços envolvendo o colega de time, com o intuito de empurrar os adversários para trás. Esta posição e força geram impacto no ombro;

Lesões relacionadas ao "scrum":

7 e 8) Lesão relacionada ao "scrum": os jogadores unem-se em 3 fileiras. As posições do "scrum" exigem formações em abdução e adução horizontal que podem criar um braço de alavanca, transmitindo as forças para o ombro;

9) Lesão durante o "try": atirar-se ao solo, dentro da área de "try" com braços acima da altura da cabeça cria forças de alavanca através do ombro.

 

O processo de reabilitação envolve bandagens, exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva,  propriocepção, de estabilização (estáveis e instáveis), fortalecimento e estabilização escapular, e exercícios que simulam os movimentos de jogo ("tackle", "line out", "scrum" e "ruck").


Fonte: Helgeson K, Stoneman P. Shoulder injuries in rugby players: Mechanisms, examination, and rehabilitation. Phys Ther Sport. 2014 15(4):218-27.

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